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08-10-2010
Existem dias que não nos deveríamos levantar de manhã. Passo a relatar:
A vossa amiga, que de momento se encontra pouco endividada (só até aos 70 anos), decidiu que queria gastar ainda mais dinheiro num mestrado. Ora portanto, e como boa portuguesa, deixou tudo para último e dia 8 foi a data limite para a entrega de documentos.
O dia foi passado a actualizar o currículo (que datava de 2007) e a ordenar os 500 000 certificados que tenho.
Segundo o site da escola, a secretaria fechava às 16h30, eram 16h quando saí da Santa Terrinha debaixo de uma chuva intensa. Uma viagem infernal, cheia de lençóis de água que me obrigaram a ir a 80 a maior parte do caminho.
Cheguei finalmente eram 16h38, apanhei aquela molha e quando cheguei à secretaria, já tinha fechado às 16h. Por sorte, ainda se encontrava lá uma funcionária que me deu a boa notícia: o mestrado não iria abrir porque só tinha 4 pessoas inscritas - uma viagem em vão, nada que não me pudessem dizer por telefone.
Saí da escola e fui por gasóleo nas bombas do Jumbo. A chuva continuava, tocada a vento. Quando fui pagar, entrei no carro, cheguei-o o mais possível à caixa da Sra. para não me molhar e saquei do meu novíssimo cartão multibanco. Fiz o pagamento e quando a Sra. me devolve o cartão dentro daquela gavetinha, vem uma rabanada de vento que me leva o cartão e vai aterrar dentro de uma poça de água. Ora eu como estava tão chegadinha à barraquinha, não conseguia sair, chegar o carro atrás, não dava, já estava outro carro, chegar o carro à frente, não dava, o carro atrás avançava e pisava o cartão. Tive que sair pela porta do pendura, depois de uma ginástica atribulada devido à quantidade de coisas que estavam em cima do banco.
Eu só pensava: e o que é que me vai acontecer mais hoje:S
Não foi preciso esperar muito para saber: fui comprar lixas ao AKI e CLARO...estavam esgotadas.
Saí de Santarém com a neura, e fui buscar o meu mais que tudo ao trabalho. CLARO que lhe liguei ainda não tinha chegado a dizer: " Já cheguei, estou aqui à porta, não te demores e traz a marmita que está na sala das funcionárias".
Claro que estive aqueles 20 minutos à porta da Escola à espera e CLARO que já ia no caminho quando lhe perguntei pela marmita: tinha ficado lá.
Toca de voltar para trás e esperar mais aqueles 10 minutos, porque a porta estava trancada e teve-se que ir buscar a chave.
Enfim, a onda de azar passou quando cheguei a casa e bebi aquela chávena de café das velhas, quase que se podia ler nas borras: "Joana, hoje não devias ter saído de casa".